A experiência histórica se faz pela
imagem, e as imagens são
elas mesmas carregadas de história. Poderíamos considerar
a
nossa relação com a pintura sob este aspecto: não se
trata de
imagens imóveis, mas antes de fotogramas carregados
de
movimento que provêem de um filme que nos falta. Seria
preciso restituí-las a esse filme.
[1]
Se concordamos com Agamben,
as imagens são cortes móveis no movimento heterogêneo
e descontínuo da história. A história é um filme, ela
é feita de imagens, mas este filme nos falta. É justamente
essa falta, esse lapso, que nos permite, por meio das
imagens, reinventar a história, torná-la novamente possível.
É por isso que a matéria-prima da história não são os
fatos, mas a memória. A história é um filme que se repete,
mas, a cada repetição, ele é diferente, ele se defasa
de si mesmo: o mesmo filme, sempre outro filme.
Essa diferença no interior da repetição
é o que faz da história algo político: é nessa diferença,
nesse lapso, nesse intervalo entre o que passou e o
que vai se passar que a política se torna possível.
As imagens são políticas quando apontam para um pode
ser no interior de um isso foi. E também
quando acusam um isso foi que permanece, sempre,
no interior deste pode ser. Em outras palavras,
as imagens são políticas quando virtuais e quando
anacrônicas.
Hoje, mais do que nunca, nos cabe perguntar:
como fazer política com as imagens, quando elas estão
coladas ao mundo, quando são coextensivas ao acontecimento,
à atualidade do mundo? Como pensar a política das imagens
quando elas estariam esvaziadas de suas virtualidades
e de seus anacronismos, de suas diferenças e defasagens?
O seqüestro
Vejamos
uma experiência difícil, polêmica, problemática: o seqüestro
pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) do jornalista
da Rede Globo Guilherme Portanova e do auxiliar técnico
Alexandre Calado. Na madrugada de domingo, 13 de agosto
de 2006, o Plantão de Jornalismo da emissora exibe imagens
precárias e instáveis, pouco comuns para o padrão de
qualidade da Globo: elas mostram um jovem encapuzado
que lê um comunicado. Entre desafiante e hesitante,
o jovem enuncia a mensagem, misto de discurso jurídico
e reivindicação política. A exibição do vídeo pela Rede
Globo era a contrapartida exigida pelo PCC para a libertação
da equipe, seqüestrada na manhã de sábado. Imediatamente
após à aparição das imagens em rede nacional, o vídeo
já estava disponível no YouTube [2] , este que funcionou
como espécie de caixa de ressonância do fato.
Para além dos juízos de valor mais imediatos,
este vídeo-seqüestro se situa em uma zona limítrofe,
paradoxal: ali convivem formas arcaicas da violência
e dispositivos avançados de comunicação móvel; o discurso
desautorizado e o discurso especialista; a visibilidade
e o encapuzamento; o espaço fechado da prisão e o espaço
liso da telepresença.
Este é um vídeo-acontecimento. Analisá-lo
só é possível por meio de uma pragmática, atenta ao
que está representado na imagem, mas também a tudo aquilo
que a provocou e que continua para além dela. Video-acontecimento
porque, nele, o evento e a imagem tornam-se intercambiáveis,
coextensivos, quase indistintos: a virtualidade da imagem
está colada à sua atualidade, uma dimensão intervindo
na outra, em uma espécie de curto-circuito entre o fato
e sua imediata circulação midiática. Sim, o mundo passa
a fazer cinema e o seqüestro é o que faz reverberar
um mundo no outro, nos faz atravessar de um a outro,
o mesmo mundo. Através do seqüestro, a realidade pede
como resgate aquilo que a ficção havia lhe roubado.
Defender a dimensão política deste vídeo
não é tarefa fácil, algo que se dê de maneira direta.
Ela não está no caráter reivindicativo do comunicado.
Tampouco, no embate entre poderes: a mídia, o Estado,
a justiça, a organização criminosa. Para além de todos
estes aspectos, mas estreitamente ligado a eles, o vídeo-seqüestro
é político, principalmente, porque opera no âmago de
um regime estético, de um regime de sensibilidade, de
visibilidade e de crença. O que ali se pede como resgate
é a própria linguagem. Sua força política está no fato
de que o vídeo intervém, de forma problemática e conflituosa,
na maneira como, através da linguagem, partilhamos o
sensível [3] , partilhamos
nossa percepção do que seja ruído e do que seja linguagem,
do que seja visível ou invisível, do que seja ou não
possível na cena pública.
Para percebermos essa “política antes da
política”, esse desentendimento ao fundo da política,
talvez, seja necessário nos atentar para uma figura
limítrofe, o mediador: trata-se do jovem encapuzado
que, entre ameaçador e acuado, lê o comunicado no vídeo,
porta um discurso que lhe escapa, que lhe parece impróprio.
Esse discurso, no limite do inteligível, nos leva à
gênese da política, a sua origem estética.
Entre o ruído e a palavra
Logo à primeira vista, o que chama atenção
no vídeo do PCC, veiculado pela Globo, é a mensagem
lida pelo jovem: composta por fragmentos de leis e por
palavras de ordem, o discurso soa estranho no universo
televisivo. A estranheza é reforçada pela leitura truncada
e por uma câmera instável, amadora. A discrepância entre
a precariedade da leitura e a especialidade do texto
gera um alheamento por parte de quem lê e uma dificuldade
de entendimento por parte de quem acompanha o discurso.
Mas, para além do próprio sentido do texto,
há um desentendimento anterior, a que o vídeo
nos remete: ele diz respeito à própria linguagem, à
linguagem vista aqui como lugar da política. Sabemos
com Rancière que toda política constrói (e, ao mesmo
tempo, se constrói) a partir de uma partilha
do sensível, em seu duplo sentido: o que se divide
e o que se torna comum. “A política é primeiramente
o conflito em torno da existência de uma cena comum,
em torno da existência e a qualidade daqueles que estão
ali presentes” [4] . Há, portanto,
ao fundo da política, esse desentendimento acerca
do que existe e do que não existe, do que é dito e do
que será ouvido como palavra, do que é percebido ou
não, do que faz parte da cena ou dela está excluído.
Dessa perspectiva, há uma gênese estética
da política: o momento em que a voz, que
apenas indica dor e sofrimento, se faz linguagem
– palavra manifesta – nos permitindo distinguir entre
o útil e o nocivo, o justo e o injusto, o bem e o mal.
Será Aristóteles (lembrado por Rancière e Agamben) quem
primeiro identifica este fundamento estético da pólis:
Único entre todos os animais, o homem possui
a palavra. Sem dúvida, a voz é o meio pelo qual se indica
a dor e o prazer. Por isso pertence aos outros animais.
A natureza deles vai só até aí: possuem o sentimento
da dor e do prazer e podem indicá-lo entre si. Mas a
palavra está aí para manifestar o útil e o nocivo e,
por conseqüência, o justo e o injusto. É isso que é
próprio dos homens, em comparação com os outros animais:
o homem é o único que possui o sentimento do bem e do
mal, do justo e do injusto. Ora, é a comunidade dessas
coisas que faz a família e a polis.
[5]
A política nasce então de um deslocamento
sensível: “a passagem da voz à linguagem”. [6]
Essa passagem se apresenta na forma da percepção, do
reconhecimento de uma existência, de uma voz que pode,
agora, ter nome e razão: aqueles que passam a existir
pela palavra, aqueles cujo murmúrio torna-se reconhecível
como linguagem, distinção de um logos.
Ora, o discurso do jovem encapuzado, no
limiar de ser ouvido como palavra, como linguagem, nos
leva a essa origem na qual a estética se encontra com
a política. Porta-voz ainda sem voz (mas já um porta-voz),
o que o jovem comunica é a própria linguagem: mais do
que a reivindicação enviezada que ele expressa, seu
discurso quer principalmente ser percebido como discurso.
Por isso, o seqüestro, cujo resgate é algo que fora
anteriormente seqüestrado: a linguagem.
O encapuzamento
A mediação do jovem encapuzado é uma mediação
paradoxal, que opera por meio da exclusão. Melhor, ela
se inclui, se torna visível, através de uma exclusão.
O encapuzamento é a forma emblemática desta mediação.
Antes, vale observar que esse trânsito
entre o dentro e o fora, entre o espaço aberto (público)
e o espaço fechado (a prisão) está na base das estratégias
do PCC. Por meio das tecnologias de comunicação móvel,
o Primeiro Comando torna permeáveis o espaço de confinamento
e o espaço público, a presença e a telepresença, a fixidez
e a mobilidade. É assim que, por meio dos celulares,
de seu uso tático, os líderes do PCC comandam à distância,
tornam-se nômades, ganham mobilidade, mesmo estando
presos. Ao fazê-lo, o grupo se inclui pela exclusão:
estão presos, segregados, excluídos da vida social,
mas é, justamente, através desta exclusão que eles se
incluem. Sua atuação se torna ambígua, fugidia, difícil
de controlar pelos poderes institucionais e normativos.
Voltemos, então, à estratégia do encapuzamento.
No momento em que nos interessamos pelos anônimos –
dos programas de TV ao documentário – seria produtivo
nos atentar para este complexo anonimato: se o anônimo
é “sem nome”, desconhecido, o jovem encapuzado é sem
nome e sem rosto. Porque, para aparecer no espaço público
midiático, ele precisa desaparecer por trás do capuz.
Para se incluir na política, ele precisa, concretamente,
se excluir, escondendo o rosto.
De fato, rostos cobertos aparecem com cada
vez mais freqüência nos noticiários e esta parece ser
uma estratégia que, apesar de antiga, ganha relevância
no contexto atual. Além de esconderem sua identidade
como forma de escapar à represália, os encapuzados –
sejam ativistas, sejam criminosos – criam um efeito
de mídia de alta eficácia política e comunicacional.
Ganham visibilidade sem revelar sua identidade.
O rosto encapuzado é inapreensível em seu
anonimato. Afirma sua singularidade negando-a em um
só gesto. Rostos singulares, mas, ao mesmo tempo, rostos
sem qualidade, sem propriedade, no limite entre o que
é e o que pode ser. Nessa zona de indistinção, o rosto
se torna implicado, ligado a uma experiência específica
– o vídeo-seqüestro do PCC – e, simultaneamente, abstraído
dessa experiência: plástico, moldável, lacunar, este
rosto é passível de abrigar outros rostos possíveis.
Encapuzado, o rosto mantém-se ali, nessa
zona indiscernível: entre aparecer e desaparecer, quase
visível e quase invisível, nem totalmente visível nem
totalmente invisível. Situa-se entre e, assim,
introduz um elemento de indeterminação que faz a informação
oscilar. Este é um gesto estético e político que introduz
um segredo, uma dúvida, uma lacuna, onde o que se espera
é informação. Afinal, o que nos informam estes olhos
que nos olham na imagem – o resto do rosto escondido
sob o capuz – a não ser sua exclusão, seu próprio segredo,
sua própria invisibilidade?
Exclusão da linguagem e da partilha
do sensível que ela estabelece: um exílio semiótico
do sujeito, que não reconhece mais a linguagem como
sua morada. O gesto de cobrir o rosto funciona aqui,
em contrapartida, como uma reapropriação: a linguagem
é literalmente encarnada, incorporada. E, por isso mesmo,
esse gesto só pode ser compreendido por meio de uma
pragmática, que não dissocie o dizer/mostrar (a imagem
do meu rosto encapuzado) do fazer (vestir o capuz, me
mostrar escondendo).
Este é, então, um rosto por vir.
Com outros encapuzados, ele sugere uma comunidade: a
dos homens e mulheres sem rosto, que fazem da desaparição
sua possibilidade de existir na cena pública. Mas esta
só pode ser uma “comunidade que vem” [7] , comunidade
inessencial, sempre por se fazer. O que liga seus membros
não é uma identidade, mas um gesto (discurso e ato):
aparecer com o rosto coberto e assim reivindicar sua
parcela na maneira como, ao fundo da política, o sensível
é partilhado.
Capitalismo semiótico
Como procuramos mostrar, com Rancière e
Agamben, a política se funda juntamente com a linguagem
– quando passamos da voz à palavra, quando passamos
da invisibilidade à visibilidade na polis. Ao
mesmo tempo, sabemos como, hoje mais do que nunca, é
no âmbito da linguagem que o capitalismo contemporâneo
atua. Porque o nosso é um capitalismo semiótico, que
se interessa pela linguagem, pelos seus limites e deslimites,
suas materialidades e inventividades. Capitalismo semiótico
e, principalmente, estético: ele atua, cada vez mais
intensamente, no domínio do sensível, dos afetos e das
afecções, domínio da infância da linguagem
[8] : limiar próximo à experiência, onde a
linguagem se cria, se reinventa, se monta e se desmonta.
Interessando-se mais pelos processos sígnicos
do que pelos produtos materiais, o capitalismo opera
uma expropriação, um seqüestro da linguagem: esta se
torna, pouco a pouco, alheia à nossa experiência. Como
se não nos pertencesse, a linguagem passa ao domínio
do marketing, da mídia, dos experts, dos técnicos,
dos consultores, dos especialistas. Nesse universo de
trânsito de informações e imagens, muitas vezes, temos
a sensação de que a linguagem não nos é mais própria,
de que aquilo que nos dizem e o que dizemos é alheio
a nossa experiência concreta. Como se, em sua extrema
abstração, ela tivesse perdido a gravidade e se desprendido
dos corpos e de suas vivências. É em um único processo
que nossos gestos se automatizam e nossa linguagem se
abstrai de nós mesmos.
Esta é a dificuldade da política hoje:
ao mesmo tempo em que tomamos consciência da linguagem
como lugar da política, somos dela expropriados pela
mídia, pelo marketing, pela expertise.
Voltemos logo ao início do texto. Dizíamos:
a história é a diferença que se defasa no interior da
repetição e a repetição que se preserva ao fundo de
toda diferença. A imagem é o lugar dessa dialética
[9] . Se as ações do grupo PCC nos causam incômodo,
se a sua inserção na política é difícil, há algo a ser
apreendido nesse vídeo-seqüestro: ele é um amálgama
que explicita o anacronismo e a virtualidade de todo
processo histórico (aí talvez sua maior violência).
Nesse lapso entre o anacrônico e o virtual, a política
se faz. Ela é a fissura que nasce de um encontro dissensual,
de uma cisão no tempo, de um corte no espaço.
Ironicamente, a democracia, tal como vem
sendo propagandeada à direita e à esquerda, se tornou
a defesa do consenso, mas um consenso que deve ser buscado
a qualquer preço. Seja por meio da mídia, do direito
internacional, seja por meio da guerra, nega-se o dissenso,
produz-se uma ordem consensual, na qual a diferença
se anula, se apaga, se modula, se controla e se consome.
Como podem ser violentas as estratégias da democracia!
Elas são capazes de forjar uma visibilidade consensual,
na qual o dissenso aparece para, imediatamente, desaparecer,
dilui-se em um mar de indiferenças (a televisão, o Youtube...).
A democracia, garantida hoje pela defesa de uma “justiça
infinita”, faz da diferença (e do campo de possibilidades
que ela pode entreabrir) um assunto para as organizações
humanitárias ou para as políticas de segurança.
Ao final das contas, a estratégia do PCC
foi anulada: como se colocado entre parênteses, o vídeo
não repercutiu muito além de sua incômoda aparição,
tornou-se algo exótico, alvo de juízos morais e discursos
policialescos. Ainda assim, o jovem encapuzado que apareceu
– sem corte! – durante três minutos da programação da
Globo, nos permite vislumbrar a face de um anjo. Acuado
entre poderes anacrônicos, maneja uma câmera de vídeo
caseira e lê um texto que lhe parece alheio: ele é o
mediador.
[10] Ele é o excluído, um ator conflitual,
portador de um direito ainda inexistente. [11] Ele é o in-fans que faz da linguagem
jogo, performance, experiência, risco. [12] Ele é o anjo, preso ao tempo real televisivo,
confinado no lapso mínimo, restrito, entre o anacrônico
e o virtual. A sua é uma escritura difícil, violenta:
“seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas
asas abertas” [13] , seu rosto encapuzado.
Referências
bibliográficas
AGAMBEN, Giorgio.
Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Infancia e história: ensayo sobre la destruicción de
la experiência. Córdoba:
Adriana Hidalgo Editora, 2003.
AGAMBEN, Giogio. A comunidade
que vem. Lisboa: Editorial Presença, 1993.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In:
Benjamin, W. Obras escolhidas: magia e técnica,
arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 222-232.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: Estética
e Política. São Paulo: Editora 34, 2005.
RANCIÈRE, Jacques. Malaise dans l’esthetique.
Paris: Galilée, 2004.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: Política
e Filosofia. São Paulo: Editora 34, 1996.
SERRES, Michel. A Lenda dos Anjos. São Paulo:
Ed. Aleph, 1995.
[1]
Tradução literal nossa. No original: “L'expérience
historique se fait par l'image, et les images sont
elles-mêmes chargées d'histoire. On pourrait considérer
notre rapport à la peinture sous cet aspect : ce ne
sont pas des images immobiles, mais plutôt des photogrammes
chargés de mouvement qui proviennent d'un film qui
nous manque. Il faudrait les rendre à ce film.” Cf.
AGAMBEN, Giorgio. Le cinéma de Guy Debord. In: Agamben,
G. Image et Mémoire. Paris: Ed. Hoebeke, 1998.
[3]
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: Estética e Política. São Paulo: Editora 34, 2005.
[4]
RANCIÈRE, Jacques.
O desentendimento: Política e Filosofia. São Paulo: Editora 34, 1996, p. 39-40.
[5]
Aristóteles citado por RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento:
Política e Filosofia. São Paulo: Editora 34, 1996, p. 17.
[6]
AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e
a vida nua I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004,
p. 15.
[7]
AGAMBEN, Giogio. A comunidade que vem. Lisboa: Editorial
Presença, 1993.
[8]
AGAMBEN,
Giorgio. Infancia e história: ensayo sobre
la destruicción de la experiência. Córdoba: Adriana Hidalgo Editora, 2003.
[9]
Sobre a noção de “imagem dialética” ver BENJAMIN,
Walter. Reflexions théoriques sur la connaissance,
théorie du progrès. In: Benjamin, W. Paris, Capitale
du XIXe Siècle: le livre des passages. Paris: Les
Editions du Cerf, 2006. E ainda: DIDI-HUBERMAN, Georges.
Devant le temps. Paris: Les Éditions de Minuit, 2000.
[10]
SERRES, Michel. A Lenda dos Anjos. São
Paulo: Ed. Aleph, 1995.
[11]
RANCIÈRE, Jacques. Malaise dans l’esthetique.
Paris: Galilée, 2004.
[12]
AGAMBEN,
Giorgio. Infancia e história: ensayo sobre
la destruicción de la experiência. Córdoba: Adriana Hidalgo Editora, 2003.
[13]
BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de história”.
In: Benjamin, W. Obras escolhidas: magia e
técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 222-232.
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