ensaios
Um cinema que não se esgota

É característica intrínseca do exercício da crítica de cinema a necessidade de dar conta de um certo calendário - calendário este que é regido tanto pela agenda de alguns dos principais festivais como pelas estréias do cinema, principalmente por serem momentos estes em que o olhar do leitor está voltado para determinados mesmos filmes que os dos críticos (e uma revista que não leva isso em conta é como o filme que acredita existir sem o olho do seu espectador). No entanto, uma revista também não pode estar algemada a esta agenda, porque o pensamento é livre e os filmes pedem o seu próprio tempo para decantarem e germinarem em textos. Por isso, à cobertura imediata é preciso somar a oportunidade da volta aos filmes que de fato permanecem, como é o caso aqui nesta pauta que abre espaço para novos e mais detidos olhares a filmes que, se já foram objetos de nossa atenção na sua passagem por festivais (como foi notadamente o caso de Moscou, inclusive já tendo recebido uma pauta especial quando de sua primeira exibição) e pelo circuito de lançamento, continuaram e continuam mobilizando nossas idéias e desejos de cinema. Voltemos a eles, portanto.

Um fantasma se movimenta
O vazio em Moscou como gesto, ideia e presença
por Daniel Caetano

A alteração como princípio
(ou como a terceira margem do Rio Alva)
por Ilana Feldman

O jogo de dominó sem as regras do jogo
A brincadeira como potência do cinema
por Cléber Eduardo

Da palavra à imagem
A Erva do Rato, de Machado a Bressane
por Fabio Diaz Camarneiro


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